Nota da Pedra Lascada: texto publicado em 07 de abril de 2010, no antigo blog Utile Dulci.
Não bastasse as tagarelices do Galvão, temos também as tagarelices do Zé Alagão, que demorou a sair do armário e se assumir (formalmente) como candidato a presidente da República; que demorou também a escolher um vice e, quando escolheu, foi forçado goela abaixo a aceitar um candidato a vice do DEM, um tal Índio da Costa, ilustre desconhecido que resumiu sua entrada nesta chapa com uma frase que vai entrar pros anais da história: “Não tenho a menor ideia de nada” (!!!).
Pelo visto, esta chapa vai dar muita matéria para os cronistas e os humoristas de plantão… Mas é de José Serra, entre tantas outras, a expressão que melhor representa o cinismo tucano, e que dá mostras do que podemos esperar dele, caso eleito. Esta lá na FSP, deste domingo, 04 de julho, à página C14: “[Índio] Tem uma namorada e, me disse por telefone, “não tenho amantes“. Eu até disse: também não precisa exagerar. O que tem que ser é uma coisa discreta”.
O premiê italiano Silvio Berlusconi é que não segue esse conselho nem que lhe paguem, porque a discrição lhe passa longe!!! Aliás – coincidência ou não -, na mesma página tem uma frase dele: “Sou simpático, rico e velho. Casar comigo pode parecer um ótimo negócio”… (“Pode”… Mas não é!)
Voltando ao Serra, que de simpático nada tem, essa declaração de que ter amante até pode, mas é preciso ser discreto, deve ter feito os seus colegas da Opus Dei espumar e dar saltos furiosos. Afinal, para quem tenta vender a imagem de família “doriana”, essa frase infeliz é um pouquitinho contraditória, não?
Agora, só queria saber, por mera especulação, o quão discreto ele é – seu padrinho político, o Farol de Alexandria, bateu recorde no quesito discrição, conseguindo a proeza de, sendo “homem público”, esconder por longos 18 anos um filho fruto de adultério (Veja: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/11/15/fhc-decide-reconhecer-filho-que-teve-fora-do-casamento-241319.asp)!!!
Não estou insinuando nada, mas que isso tudo não cheira bem, ninguém há de negar.(M.S.)