Sobre mudanças e permanências

Aquilo que adoecia ainda adoece e desta vez acabo – por algum sentimento egoísta – me sentindo aliviado por não estar no olho do furacão. Mas sinto por meus pares, sinto muito mesmo e aqui têm publicamente a minha solidariedade, porque, de verdade, sinto em mim a angústia que vocês sentem.



Coisas atabalhoadas, como se não tivessem sido pensadas e anunciadas há tempos… Demandas em excesso, atravessadas, prazos exíguos, exigências de bons resultados sem se  propiciar condições básicas, organizações que desorganizam, desestruturam…

Depois eles falam que o problema é o seu perfil, sabe, despreparado para atuar nas condições adversas, que  não soube liderar o grupo para enfrentar o caos e dar a volta por cima. Se tivesse mais fé, mais perseverança, mais espírito competitivo e individualizado, faria do limão uma deliciosa limonada e sobrariam fatias para uma boa duma caipirinha no final do dia. Mas não! Ao fim e ao cabo, resumem em um “Você que não tem perfil, você que acredita pouco, você que não sabe coordenar a equipe”… etc etc e tal. Ah, esse perfil perverso que querem nos incutir!…

Estou exagerando? Não creio…

Gostaria de ser mais otimista, ou ser alguma coisa otimista, ainda mais porque persito em acreditar que, entre intencionalidades e desencontros, existem pessoas tentando se encontrar.

Me agarro a uma talvez falsa e vã esperança de que haja tempo de elas perceberem que mais do que nos perdendo, podem estar se perdendo…

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