Golpe continuado é crime organizado

Em dois dias, o pior congresso da história (até agora) aprovou uma proposta de emenda constitucional que impede que políticos respondam por eventuais crimes cometidos (a PEC da bandidagem) e aprovou urgência no projeto de lei da anistia (a PL da impunidade).

Nesse jogo, liberando o voto na PEC da bandidagem em troca de não encaminhamento do PL da anistia, o governo fez papel de trouxa, pra dizer o mínimo.

12 deputados do PT e 10 do PSB votaram a favor da PEC da bandidagem, juntos com o PL – partido do genocida – e com o Republicanos – partido de Tarcínico – ambos os partidos não tiveram nenhum voto contra, o que explicita que a sanha deles nunca foi contra a corrupção e nunca foi contra o crime, muito pelo contrário.

A coisa é tão descarada, que a PEC da bandidagem, entre outras barbaridades, traz dois mecanismos sui generis: voto secreto para deputados não deixarem seus eleitores saberem que estão votando pra proteger político bandido; e extensão de imunidade a presidentes de partidos.

Na prática,  políticos pegos com a boca na butija ficarão livres para continuarem praticando crimes, isentos de processos e de responsabilidades.

De um lado, querem proteger os criminosos presentes e futuros, com a PEC da bandidagem; de outro, querem isentar de responsabilidades os criminosos golpistas, com o PL da anistia.

Em tempo: logo cedo, notícias circulam que o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, está sendo acusado de ser um dos donos de aviões operados por empresa de fachada do PCC. Isso explica muita coisa, não?

As propostas, que enfrentam maior resistência no Senado, se forem aprovadas pelo Congresso, possivelmente serão barradas pelo STF, pois afrontam decisões judiciais e usurpam o poder e invadem competências do judiciário. Os deputados sabem disso e  a aposta deles é no acirramento das tensões.

Trata-se de um golpe continuado. A combalida democracia segue sob risco.

Aparentemente,  eles gostam muito de jatinhos…

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