1.
Na semana passada, um dos advogados de defesa do genocida afirmou que o que estava em julgamento era um movimento, e não apenas pessoas. Não estava errado – só não se deu conta de que não estava fazendo uma denúncia, mas sim uma confissão de culpa da orcrim de bolsonaro.
Hoje o voto do relator ministro Alexandre de Moraes não deixou dúvidas de que o bolsonarismo é sobretudo uma organização criminosa, reunida pelo crime e para o crime – a liberdade que o boslonaristas tanto defendem é a liberdade de praticarem crime impunemente.
Que as penas não sejam leves aos golpistas e que tenha efeito pedagógico aos que continuam latindo e babando pelo “direito” de reivindicar estados de excessão, intervenção militar, golpe de estado, enfim, ditadura, para impor os seus desejos sádicos.
2.
Logo no início de seu voto, Alexandre de Moraes foi interrompido por Fux, que fez um aparte para declarar que seu voto apresentaria divergências (nossa, que novidade…). Mais à frente, o mesmo Fux, reclamando que Dino fez um aparte durante a fala de Moraes, argumentou que havia sido combinado de não ocorrerem apartes.
Coerência não é o forte de Fux, já ficou evidente. Mas ali tinha outra coisa, que também o ficou evidente ao ressaltar que nao concederá apartes durante o seu voto: o medo de ser confrontado.
Fux não se deu conta que todo mundo já sabe que ele tem medo de não poder ir ver o Pateta nos EUA. Medo besta, bastaria se olhar no espelho.
3.
Ao final do dia de hoje, o placar ficou em: Brasil 2 X 0 golpistas.
Alexandre de Moraes fez um voto extenso e extensamente didático, detalhando as condutas criminosas do ex-presidente e brevemente presidiário. Fábio Dino, por sua vez, com um voto mais curto e não menos demolidor, mostrou o quão violenta foi a tentativa de golpe de estado, exemplificando com diversos fatos notórios.
Fascistas não passarão.

