A administração não acabou nominalmente com a progressão horizontal em sua “nova” proposta. No entanto, os critérios que o governo apresenta inviabiliza a evolução horizontal. O governo petista, que não pagou as progressões horizontais devidas, não precisará se preocupar em pagá-las posteriormente, já que a evolução neste nível será impraticável.
Para piorar a situação, um dos critérios para a evolução horizontal é não possuir nenhuma falta injustificada durante o período aquisitivo (3 anos). Desta forma, mesmo que o profissional consiga alcançar a somatória de pontos necessários para avançar horizontalmente e obter míseros 3% de aumento – e tudo isso sem ficar doente, adquirir uma Síndrome de Burnout etc… – terá de contar com a sorte para não sofrer nenhum imprevisto que o leve a ter uma falta injustificada.
De quebra, o trabalhador ganha um cabresto…
Cabe outro destaque: apesar de em sua proposta o governo “assegurar” a valorização considerando a evolução funcional baseada no tempo de efetivo exercício, este critério simplesmente é excluído; quer dizer, se o estatuto governista for aprovado, tanto faz ter 01 mês quanto 20 anos no exercício do cargo na rede de ensino – a experiência não tem valor algum nesta lógica, como se na prática de seu trabalho cotidiano o trabalhador deixasse de construir conhecimentos que podem se reverter em qualidade para a educação…
Conclusão: em comparação ao Estatuto em vigência a proposta governista continua bem pior!