Boletim da Oposição Unificada – Abril/ 2015, Parte 3
O processo de burocratização da direção sindical vem se aprofundando nos últimos anos. Além de um atrelamento patronal, a direção cerceia as possibilidades de participação democrática da categoria. Criou comitês de base sem que a base tivesse possibilidade de escolher os representantes de base; esse formato substituiu as comissões setoriais, uma estrutura votada em assembleia e cujos representantes também foram eleitos. Essa ação é um exemplo de uma diretoria que toma decisões de gabinete! Uma diretoria democrática deveria tomar as decisões da campanha salarial em assembleia: a categoria deve definir suas reivindicações e deve também decidir como irá se organizar para tê-las atendidas. No entanto, como dissemos acima, só houve uma assembleia às vésperas do mês da data base que votou a pauta de reivindicações, depois disso, a diretoria vem decidindo sozinha as ações para mobilizar a categoria. Chama a atenção que estejam sendo propostos atos espaçados durante o mês de abril, ou seja, estamos próximos do mês de maio, o mês indicado pelo governo para retomar as negociações. Seria este um calendário combinado entre direção sindical e governo?
Precisamos exigir que a diretoria do sindicato:
- Convoque uma assembleia para decidir os rumos do movimento;
- Informe à categoria, tanto em assembleias quanto em boletins, todas as discussões e deliberações da mesa de negociação.
É necessário também que a situação do IMASF seja pautada nas negociações. A direção sindical não pode ser conivente com o mandato biônico da atual diretoria do IMASF e deve reivindicar que haja eleições democráticas no instituto, assim como seja feita uma auditoria para avaliar as contas do nosso convênio. Também é necessário que se incorpore nas negociações a exigência para que o IMASF retome imediatamente todos os serviços descredenciados ou com atendimentos suspensos.
Somente com participação ativa e organizada os trabalhadores são capazes de dar um basta à burocracia e ao autoritarismo da direção sindical e fazer com que o governo Marinho negocie com os trabalhadores, por isso, reforçamos a convocação para os atos dos servidores públicos.
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