Elegia

É noite.
O tempo tarda a passar.
Ainda assim, tenho pouco.
 
(“Eu tenho o que eu não tenho”)
 
Depois, a queda.
 
Cresço pacientemente
Em contradições
E assombrações
Principalmente,
E sobretudo.
 
Vejo o que veio
Fecho a boca
Abro os olhos
 
Tenho o ouvido atento
Vento nos cabelos
Água no corpo
 
Fogo nas mãos.

Deixe um comentário