Sobre a “contraproposta” do Marinho do PT

Que negociação é essa em que absolutamente todos os pontos da pauta da campanha salarial para este ano foram deixados de lado?!

O desconto dos dias parados e a não inclusão dos aposentados são dois bodes colocados na sala para desviar a atenção dos servidores e fazer com que a proposta governista seja aprovada, mesmo com visíveis prejuízos à imensa maioria da categoria.

Não podemos nos deixar abater pelo terrorismo plantado pelo governo com o desconto aleatório dos dias parados. Segundo informações, houve desconto até de quem não esteve em greve! E nem todos que estão em greve tiveram os dias descontados.

Neste jogo encenado, haverá um “recuo” do governo com o pagamento dos dias parados e inclusão dos aposentados. Corre o risco de a categoria, aliviada, esquecer dos itens da pauta da campanha salarial que literalmente foram excluídos da mesa de negociações.

A consequência disso é sairmos dessa greve de 17 dias sem nenhum item da campanha salarial deste ano atendido e pior do que saímos em 2013, quando mal teve campanha salarial, muito menos greve.

A proposta governista continua sendo de arrocho salarial. Abono não incide sobre décimo terceiro, férias, senhoridade, licença-prêmio… Aumento real e reposição da inflação sim!

Ainda com o pagamento dos dias parados em folha suplementar e a inclusão dos aposentados, se a proposta governista for aprovada os servidores continuarão acumulando perdas salariais e terão diminuídas de forma progressiva e acelerada o poder aquisitivo. continarão pagando para trabalhar, pois continuarão sem a revisão do auxílio transporte e do auxílio alimentação; permanecerão sem amparo em caso de adoecimento, pois o governo continua lavando as mãos em relação à situação caótica do IMASF e da Greenline; continuarão adoecendo, porque continuarão trabalhando sobrecarregados, pois nada se fala de abertura de concurso público geral para recompor o quadro de funcionários.

Se esta proposta passar, Marinho e o PT de SBC terão dado uma pedalada nos servidores públicos: além de economizar com folha de pagamento neste ano, novamente vai matar a campanha salarial do ano que vem, eliminando possibilidades de atritos com a categoria e não colocando em risco sua imagem em pleno ano eleitoral.

Não estamos em uma greve de 17 dias para levar esse “pedala-Robinho!” e sair com uma mão na frente e outra atrás e com o rabo entre as pernas!

POR UMA CONTRAPROPOSTA QUE DIALOGUE EFETIVAMENTE COM OS ITENS DA NOSSA CAMPANHA SALARIAL!

NENHUM TRABALHADOR FORA! NENHUM DIREITO A MENOS!!

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