Os cantos de sereia por aí estão
No sibilo de outros ventos
Prenunciando, a pretexto de novos,
Velhacos e velhos tempos.
Semeiam caos, colhem desilusão
É preciso resistir aos revezes...
Em suas tezes, as suas teses
Já não escondem (transparentes que são).
Nesse jogo de antecipação
Em que os meios o fim justifica
Tudo pode e nada com nada fica.
O fatídico discurso não se inventa:
É uma ponte para o futuro
Logo ali nos anos noventa.
[M.S]
