Ana de Lourdes escreve com uma sensibilidade única, ousando neologismos e figuras de linguagens penetrantes. Em suas escritas é difícil saber o que é real ou imaginário, tudo se sintetiza numa harmonia ao mesmo tempo simples – pela linguagem coloquial e envolvente – e complexa – pela força das metáforas construídas como alicerces poderosos de um edifício que toca as nuvens do céu. Convido-os a conhecerem seu blog: https://anadelourdes.wordpress.com
Escondo o mundo nos músculos do peito... Enrolados neste barulho, somos sons intermináveis! ruidosos, porque vitrais se quebram, Ou é esse mundo de vidro que balança demais. Alimento a fé com miudezas... Espanta-me as preces decoradas! Decorei, porque não acredito, ou acreditando juntei memórias? Engravido de fluidos que viram gente, e de versos enfileirados que nunca pedi... Possuo dons porque mereço, ou por não merecer me tornei quem não sou? Seguro a paciência num fio sem limites, admirando caminhos que jamais se encontraram.... Encontro, porque espichar deixa sobras, ou porque estirada me alcanço do outro lado? Espreito o que é meu, desejo o que não sinto falta. Maravilhas de pequenas criações... Inventadas porque sou “querente”, ou porque pensamento é descoberta de sonhador. Ana de Lourdes Teixeira - Março,2017