Amanhece nesse domingo
Os santos se persignam
As fogueiras já são cinzas
E o pouco que se espera
É que o dia custe a passar.
Mas não custa. Logo se vai.
O sono aperta, mas as coisas
continuam incompletas:
cadernos, livros, textos livres, lápis
– cada coisa que me mantém presente.
É que aceito a noção do atemporal
Para assim permanecer vivo, e sóbrio
Mas sobram lembranças confusas
Fragmentos de algo que aconteceu
Premonições de coisa alguma…
E pulsa. Naturalmente.
Sem pretensões alheias.
Maravilhoso poema!