O dia que vem chegando,
As palavras que disse sem pensar,
As consequências inevitáveis,
A impulsividade contagiosa de meus amigos..
Somado a tudo isso: a esperança perdida.
Salvar o homem? Para quê?
Ainda assim, persisto - persistimos.
Encontro rostos conhecidos,
Vozes ressurgem na memória...
Gritos - nesse instante silencioso -
Cerram o sono e a paciência.
É preciso ter coragem ou estar louco
Para saber-se a muito e ser tão pouco.
A manhã se aproxima,
Sabemos que o Sol existirá longamente
E que cada manhã vindoura é um dia a mais
De menos paz, de intensa irracionalidade.
Preso neste mar de papéis
A mente convergindo para a incoerência
E essa lembrança triste e serena, trapaceira.
Vão-se os anéis, os dedos...
[M.S., abril/2000]
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