Amor

Amor é música constante
Cantada em voz miudinha
Descompasso e dissonante
A um passo que não tinha.

Só a ouve não quem a toca
Mas quem por ela é tocado
Bem no canto de tua boca
Num sorriso disfarçado.

Cavaleiro imaginário
A cavalgar um alazão
À margem esquerda do rio
Em que repousa o coração.

Está onde não se procura
De tantas faces, muitas vestes
Ora iluminada, ora escura
Se lança a céus azuis celestes.

[M.S.]

Deixe um comentário