Às memórias que as palavras trazem, adicionei imagens que remetem a outras lembranças, construindo algo fora do tempo, ou melhor, anacrônico, em que os tempos se misturam e as histórias e as memórias se perpassam.
Não seria assim, na tecitura da vida, entre tempos e contratempos, aos trancos e barrancos, que vamos tecendo nossas histórias?
E as histórias pessoais, quando as apresentamos, por escrito ou em outras narrativas, carregam sentidos tão íntimos que por vezes se tornam indevassáveis, ao mesmo tempo em que podem se encontrar com os sentidos de outras pessoas!…
“O poema (já dizia o carteiro ao poeta) pertence a quem lê”. Nesse caso, a quem ouve e vê.
[MS]
Música: Força Estranha – tocada por Ricardo Pachá.