À noite
Quando vou à cidade
E as ruas estão descongestionadas,
Tudo parece tranquilo:
Nada demais acontece
- o que é breve fenece
o que é febre adormece
o que é surdo amortece
o que é dor o amor esquece
o que é maldição vira prece
o que é pensar arvorece...
Então, o que era egrégio ficou pouco
O que era livre ficou louco...
E os prédios não estão mais derretendo.
[M.S.]
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Subverso

Pequena notinha explicativa: Escrevi estes dias, retomando uma célebre frase de um personagem do filme “O Carteiro e o Poeta”, que o poema pertence a quem lê. É o caso deste poema, escrito sem letras iniciais maiúsculas e sem pontuações para cada leitor seguir sua própria ordem e colocar seu próprio ritmo, sua entonação pessoal e atribuir seus próprios sentidos e significados. Eu mesmo faço várias leituras dele, e cada uma com alguns sentidos diferentes. Abaixo, compartilho a minha preferida 😉
Em algum lugar do século que passou
venta ou você inventa encontramos os amigos parados eles nos sorriem como fôssemos velhos de guerra é preciso mais que seus sorrisos amarelos em seus cinismos e em suas sinceridades a cidade está só e já não podemos com nossos bolsos as folhas caem em cabeças ocas meus votos, meus sentimentos tudo o que sinto é o gosto amargo da vitória transformada em fim de tudo e estamos para o que der e vier mas nada dá e nada vem [M.S]
UNICEF alerta para os riscos da educação domiciliar
Além de aplicar o menor investimento na educação dos último dez anos, o governo Bolsonaro, em mais um gesto de desresponsabilização com a Educação, tenta impor um projeto de ensino domiciliar que aprofundará ainda mais o desmantelamento da Educação Pública e a já precária qualidade da educação e do ensino brasileiros.
O projeto, repudiado por mais de 350 organizações e por centenas de especialistas, foi aprovado na Câmara dos Deputados e vai ser analisado pelo Senado.
Em comunicado publicado no dia 20 de maio em seu site, UNICEF afirma que “Projeto aprovado pela Câmara dos Deputados, e que seguirá para o Senado, dá opção aos pais de assumir a responsabilidade pelo ensino e pode impactar negativamente a educação de crianças e adolescentes“.
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Vídeo-Poema: Fora do Tempo
Amanhecer
Fatos
Eu não li as suas poesias. Esperei o ônibus passar Enquanto o tempo foi se Aproximando. Eu não li as suas cartas. Estão em alguma gaveta No subconsciente... (É como se eu nem as tivesse recebido). Eu não li os seus lábios, Que, distantes, exclamavam Qualquer coisa como “cuidado!” Num dia cinzento como Esse. Eu não li o letreiro (Em meu sonho) Anunciando o juízo final - O fim dos tempo da solidão. Eu não li... Mas fiquei com medo da noite, Tive receio das pessoas, Desconfiei dos Fatos... [M.S]






