Manifesto: Somos Todos Educadores!

Do blogue Somos Todos Educadores

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Professor, membro da equipe gestora, auxiliar em educação, oficial de escola, inspetor de alunos, porteiro, zelador escolar, auxiliar de limpeza, cozinheiro, profissional das equipes técnicas (orientador pedagógico, fono, psico, fisio etc)… Todos que trabalhamos nas escolas, envolvidos diretamente no processo de ensino ou em seu apoio e viabilização, somos responsáveis pela qualidade da educação das crianças, jovens e adultos usuários das redes de ensino.

Na efetivação do trabalho dos professores, das professoras, viabilizado e apoiado pelos demais trabalhadores e trabalhadoras da educação escolar, o ensino se concretiza; mais que isso, o processo educativo se complementa na relação e nos cuidados que cada profissional da educação estabelece entre si, com as famílias e com os educandos.

Ensinar, educar e cuidar são indissociáveis, pois fazem parte de um mesmo processo, que é o da formação dos seres humanos para a vida em sociedade. Neste sentido, independente do nosso cargo, no trabalho escolar exercemos função inerentemente educativa.

SOMOS TODOS EDUCADORES – e como educadores que somos, comprometidos com a qualidade da educação, lutamos por melhores condições de trabalho e de aprendizagem, pelo direito de todos à valorização profissional, à salários dignos e condizentes com nossas responsabilidades educativas, à formação em serviço, por planos de carreira que possibilitem concretamente a todos educadores, a todas educadoras, evolução funcional e salarial.

Este espaço virtual se apresenta como uma ferramenta dessa luta, contra o processo de desmonte da educação pública levado à cabo pelos governos federal, estaduais e municipais que ano após ano diminuem os investimentos em educação, impõem retrocessos aos currículos, retiram direitos dos trabalhadores, privatizam e terceirizam o serviço público.

NENHUM PROFISSIONAL FORA! NENHUM DIREITO A MENOS! SOMOS TODOS EDUCADORES!!

Brincadeiras à parte, precisamos falar sobre condições de trabalho

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Após a estipulação de um manual de condutas para os servidores públicos da Câmara Municipal São Bernardo do Campo o assunto ganhou proporção nacional.

Entre os conteúdos do manual constam recomendações de como se vestir, que cores de esmalte usar, tipo de perfume, como cumprimentar, como não ser “deselegante” para encerrar uma conversa que se prolonga ao telefone…

Nas redes sociais frequentadas por servidores públicos existem até os que (por complacência, benevolência ou verdadeira concordância mesmo) defendem a medida, mas ao que parece estes são minoria.

Comentários críticos, memes e chistes começam a tomar conta das redes porque, de fato, certas recomendações constantes na dita cartilha são surreais e anacrônicas, para dizer o mínimo.

Brincadeiras à parte, precisamos falar sobre isso… Não sobre cada um dos itens da cartilha em si, porque os meios de comunicação já estão abordando o tema e divulgando o conteúdo de forma exaustiva.

Precisamos falar sobre o que está está implícito, o que não está sendo dito (e que verdadeiramente interessa). Continuar lendo “Brincadeiras à parte, precisamos falar sobre condições de trabalho”

CHAPA 2: Propostas para devolver o sindicato aos servidores

Lutaremos por…

DIREITO À MELHORIA DAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS E DE TRABALHO

 Abono na aposentadoria compensatório para o fundo de garantia;

  • Adicional noturno após as 18h;
  • Aposentadoria especial por periculosidade para GCMs e demais profissionais que exercem atividade de risco;
  • Concurso de acesso para os cargos de gestão e chefias;
  • Concurso público para recomposição do quadro de funcionários;
  • Contra o cargo largo, as funções gratificadas e cargos comissionados com altos salários;
  • Contra o desrespeito à Lei do Piso, efetivado pela administração ao determinar que professores em horário de HTP substituam ausências;
  • Contra o desvio de função e a sobrecarga de trabalho;
  • Efetivação da aposentadoria especial para todos os profissionais do quadro do magistério;
  • Elevação do piso salarial do funcionalismo;
  • Equiparação salarial efetiva, com estabelecimento de mecanismo que garanta a manutenção da equiparação;
  • Fim da terceirização e pelo reaproveitamento do quadro de profissionais terceirizados por meio de concurso que valorize o tempo de serviço prestado ao município de SBC;
  • Gratificação por insalubridade aos servidores que atuam em serviços mental e fisicamente desgastantes;
  • Gratificação por local de exercício para TODOS os servidores que atuam em áreas distantes do centro e em áreas de risco;
  • Implementação de programa de incentivo à dedicação exclusiva;
  • Implementação do PCCS-SUS;
  • Inclusão de todos os trabalhadores nos acordos coletivos;
  • Isonomia de direitos entre celetistas, estatutários e terceirizados;
  • Programa de recuperação das perdas salariais e reposição do poder aquisitivo dos servidores públicos; contra a PLP 257/2016!
  • Programa de reestruturação dos próprios públicos e reposição de instrumentos de trabalho (ferramentas, mobiliários, equipamentos de proteção individual, automóveis, materiais etc) que garanta com equidade condições dignas e saudáveis de trabalho para todos os servidores e de atendimento aos munícipes!
  • Quantidade adequada de profissionais em cada local de trabalho;
  • Reajuste anual dos vencimentos;
  • Redução da jornada de trabalho para os profissionais da saúde, auxiliares em educação e demais trabalhadores;
  • Regulamentação das horas-extras;
  • Regulamentação para cumprimento e fruição de banco de horas;
  • Respeito à composição da jornada de trabalho dos servidores;
  • Retomada da proposta de estatuto dos profissionais da educação construída pelos trabalhadores, adequando-os às necessidades atuais e novas demandas;
  • Revisão do acordo coletivo de 2015, buscando a inclusão dos cerca de 200 aposentados que foram esquecidos pela atual direção;
  • Revisão do estatuto da GCM;
  • Transporte gratuito, ou reembolso no valor equivalente ao que é gasto, ao servidor que em função do serviço tenha de se locomover de sua unidade de lotação;
  • Vale-transporte integral e vale alimentação a todos os servidores, com revisão de valores.

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A greve de 2015 e os acordos de gabinete

“NEGOCIAÇÃO”…

A negociação realizada pela direção/chapa um trouxe grandes prejuízos aos servidores públicos: ficamos sem aumento real e sem reposição da inflação em 2015 e cerca de 200 aposentados foram excluídos do acordo coletivo, perdendo até mesmo o direito ao abono de Natal que sempre tiveram.

No meio da greve a pauta de reivindicação foi simplesmente descartada pela direção sem qualquer consulta aos trabalhadores. O reajuste efetuado em 2016 – fruto da pressão realizada pelos servidores grevistas – não cobriu as perdas salariais acumuladas em anos sem aumento real; o poder de compra dos servidores diminui a cada dia, consumido pela inflação, pelos altos impostos e pelas altas tarifas de água, luz e transporte. Continuar lendo “A greve de 2015 e os acordos de gabinete”